Francisco Reynés, presidente executivo da Naturgy, declarou a necessidade de não ter medo da mudança e a importância de sermos felizes no trabalho.

Numas declarações à empresa estado-unidense Bloomberg, Francisco Reynés explicou como a gente evita correr riscos. Na sua opinião, a mudança faz parte da vida, e qualquer empresa deve estar preparada para aceitar a mudança como uma oportunidade. “Temer é exatamente o contrário de aproveitar as oportunidades que surgem duma mudança”, acrescentou.

Francisco Reynés afirmou que espera mudanças importantes nos próximos 5-10 anos na empresa que ele está a dirigir. “O maior esforço dessa mudança, a meu ver, basear-se-á na sustentabilidade, nos clientes, na tecnologia e, particularmente para a nossa indústria, na eletrificação”.

Francisco Reynés falou também sobre a digitalização. Após o anúncio da alteração de marca de Gas Natural Fenosa a Naturgy, a empresa iniciou um processo de transformação digital como consequência da demanda do mercado de simplificação e maior agilidade nas operações, com a inovação tecnológica e a digitalização como motores impulsionadores de novos modelos de negócio estratégicos.

Neste aspecto, Francisco Reynés, consciente da evolução natural dum entorno cada vez mais dinâmico, considera que as mudanças derivadas deste processo ainda são difíceis de calcular neste momento. “A contribuição da digitalização é imensurável”, acrescentou.

No fim da entrevista, Francisco Reynés ofereceu uma dica para o âmbito laboral. “O mais importante na vida, em casa, com os amigos e no trabalho é nos divertirmos. Não é sustentável, em nenhum caso, que uma pessoa não disfrute do seu trabalho”.

Francisco Reynés é, desde fevereiro de 2018, presidente executivo da Naturgy. Sob a sua liderança, a empresa energética renovou um acordo de aprovisionamento de gás natural na Argélia por mais 12 anos, como parte da aliança estratégica com Sonatrach.

Em junho de 2018, durante a apresentação do Plano Estratégico 2018-2022 da empresa, Francisco Reynés anunciou um incremento de 30% no dividendo com base aos resultados de 2018, até os 1,30 euros por ação.

Recentemente, Unión Fenosa Gas (UFG), repartida a 50% entre a espanhola Naturgy e o grupo italiano Eni, proprietário da central egípcia de Damietta, recebeu laudos arbitrais favoráveis por parte do Centro Internacional para a Arbitragem de Disputas sobre Investimentos (ICSID), dependente do Banco Mundial, que condenou à República Árabe do Egito pela falta de subministro às instalações. O organismo internacional de resolução de conflitos internacionais condena a Egito a pagar 2.013 milhões de dólares, mais de 1.700 milhões de euros após impostos e antes de juros.